MATÉRIA E RADIAÇÃO
Podem estes princípios - simplistas e um tanto mecânicos - se aplicar à complexidade de homens e mulheres enquanto seres humanos, com sua extraordinária e única capacidade para o pensamento, a linguagem, a criatividade, as emoções? Responder a estas e outras intrigantes perguntas está entre os grandes desafios que a Bioquímica se propõe e já começa a desvendar.
Sabemos que todos os tipos de ondas eletromagnéticas transportam
energia independentemente da sua frequência. A energia que uma onda
eletromagnética transporta depende de sua frequência, sendo que quanto maior
for a frequência, maior será a energia que ela transporta. Dependendo das
condições, essa energia pode ser totalmente ou parcialmente transferida da onda
eletromagnética para um meio material.
Essa interação depende do tipo
de material e das características da onda, tais como frequência e intensidade.
Em particular, são muito importantes as interações da radiação com os seres
vivos. As ondas eletromagnéticas, assim como outros tipos de ondas, podem
sofrer reflexão, refração e difração, quando se propagam através da interface
entre dois meios.
Absorção
Uma onda eletromagnética, ao se
propagar em um meio, pode ser absorvida, transferindo energia para ele. Desta
forma, à medida que vai se propagando, vai diminuindo gradativamente a sua
amplitude.
Um exemplo de absorção é a
passagem de luz por um vidro ou plástico escuro, como o das lentes de óculos de
sol. Utilizam-se também vidros escuros na embalagem de remédios que podem
estragar ao serem expostos por longos períodos de tempo à luz do Sol. Esse tipo
de vidro bloqueia a radiação ultravioleta e parte da luz visível.
Coeficiente
de absorção
Uma medida da capacidade de
absorção de um material é o seu coeficiente de absorção, medida pela fração da
energia da onda eletromagnética que é absorvida ao passar por ele. Por exemplo,
se fizermos um feixe de micro-ondas passar por um pedaço de carne crua, e esse
absorver a metade da energia deste feixe, dizemos que ele apresenta um
coeficiente de absorção de 50% para esta onda.
Por outro lado, se usássemos
luz verde, veríamos que ela seria completamente absorvida, não conseguindo
atravessar o pedaço de carne. Neste caso, o coeficiente de absorção é de 100% e
o objeto é denominado opaco. A absorção depende da frequência da onda
eletromagnética.
Poderíamos calcular o
coeficiente de absorção (A), a partir da intensidade da onda incidente e da
intensidade da onda transmitida pelo material, pela expressão:
O coeficiente de absorção varia
entre os valores zero e 1. Se multiplicarmos o valor de A por 100%, obtemos o
valor em percentual. Assim, A = 0,5 representa uma absorção de 50% da radiação
incidente pelo material.
A absorção depende também da
espessura do objeto. Uma chapa de alumínio é completamente opaca para a luz
visível, mas se a sua espessura for extremamente fina, pode deixar passar parte
da luz. Os espelhos semitransparentes podem ser feitos com uma camada muita
fina de alumínio, depositada na superfície de um vidro. Por outro lado, um
vidro pode ser quase opaco se a sua espessura for muito grande.
Nos fornos de micro-ondas, a
radiação utilizada é parcialmente absorvida pelos alimentos que estão dentro
dele. A frequência das micro-ondas é escolhida de tal forma que essa radiação
não seja totalmente absorvida ao passar pelo alimento, pois se isso ocorresse,
não seria possível cozinhar ou aquecer sua parte central.
Nenhum comentário:
Postar um comentário